Um remédio pronto

Seguindo o guia do parque, rabisquei anotações enquanto ele ensinava sobre as plantas da floresta primitiva das Bahamas. Ele nos disse quais árvores evitar: “A árvore da madeira venenosa secreta uma seiva negra que provoca uma erupção dolorosa que causa coceira. Mas não se preocupe! O antídoto geralmente pode ser encontrado crescendo próximo a ela. Corte na casca vermelha da goma elemi e esfregue a seiva na erupção. Esta começará a curar imediatamente”.
Espantada, quase deixei meu lápis cair. Não esperava encontrar uma ilustração da salvação na floresta. Na goma elemi vi a presença de Jesus. Ele é o remédio pronto para qualquer lugar em que o veneno do pecado é encontrado. Como a casca vermelha daquela árvore, o sangue de Jesus traz cura.
O profeta Isaías entendeu que a humanidade precisava de cura. A erupção do pecado nos infectou. Isaías prometeu que a nossa cura viria através do “homem de dores” que levaria nossa enfermidade sobre si mesmo (Isaías 53:3). Esse homem era Jesus. Estávamos doentes, mas Cristo estava disposto a ser ferido em nosso lugar. Quando cremos nele, somos curados da doença do pecado (v.5). Pode levar a vida inteira até aprendermos a viver como pessoas curadas, reconhecermos nossos pecados e rejeitá-los em favor de nossa nova identidade, mas, por meio de Jesus, somos capacitados. Amy Peterson - Pão Diário

Quem sou eu?

Apesar de gostar do seu trabalho, Davi, por um longo tempo, sentiu o desejo por algo mais. Agora ele estava prestes a realizar seu sonho e entrar no trabalho missionário. Mas, estranhamente, ele começou a ter sérias dúvidas.
“Não mereço isso, o conselho da missão não conhece o meu verdadeiro eu. Não sou bom o suficiente”, disse ele a um amigo.
Davi tem boa companhia. Mencione o nome de Moisés e pensamos em liderança, força e nos Dez Mandamentos. Tendemos a esquecer que Moisés fugiu para o deserto após assassinar um homem. Perdemos de vista seus 40 anos como fugitivo. Negligenciamos seu problema com a ira e relutância em dizer “sim” a Deus.
Quando Deus apareceu com ordens de marcha (Êxodo 3:1-10), Moisés deu a cartada: “Eu não sou bom o suficiente”. Ele até mesmo entrou numa longa discussão com Deus, perguntando-lhe: “Quem sou eu…?” (v.11). Na sequência, Deus disse a Moisés quem Ele era: “Eu Sou o que Eu Sou” (v.14). É impossível explicarmos esse nome misterioso através do qual o nosso Deus indescritível descreve a Sua eterna presença para Moisés.
É saudável termos a percepção de nossas fraquezas, mas se usarmos isso como mera desculpa para impedir que Deus nos use, nós o insultamos. Se agirmos assim estaremos realmente dizendo que Deus não é bom o suficiente.
A questão não é — quem sou eu? A questão é — quem é o Eu Sou? Tim Gustafson - Pão Diário

“Apenas o escritório”?

Olhei para as colinas verdejantes no norte da Inglaterra observando as cercas de pedra que continham algumas ovelhas espalhadas. Inalei profundamente absorvendo a visão das nuvens que se moviam no céu brilhante. Ao comentar sobre essa cena com a mulher que trabalhava nesse centro de retiros que eu visitava, ela disse: “Nunca tinha percebido isso antes de nossos convidados nos chamarem a atenção. Vivemos aqui há anos e, quando éramos agricultores, aqui era apenas o escritório!”.
Podemos facilmente perder a dádiva diante de nós, especialmente a beleza que faz parte do nosso cotidiano. Também podemos perder as belas maneiras em que Deus trabalha e nos envolve diariamente. Mas como cristãos podemos pedir ao Espírito de Deus que abra os nossos olhos espirituais para entendermos como Ele está agindo, assim como o apóstolo Paulo escreveu em sua carta aos efésios. Paulo orava para que Deus lhes desse sabedoria e entendimento para conhecê-lo melhor. Paulo orou para que seus corações fossem iluminados a fim de que conhecessem a esperança de Deus, o futuro prometido e o poder (Efésios 1:17-19). O Espírito de Cristo, dádiva de Deus, pode nos despertar para a Sua obra em nós e através de nós. Com Ele, o que pode ter parecido “apenas o escritório” pode ser entendido como um lugar que exibe Sua luz e glória. Amy Pye - Pão Diário

Vigiem

A música do cantor country Tim McGraw, Live like you were dying (Viva como se estivesse morrendo) me inspira. Nela, ele descreve coisas interessantes que um homem fez após receber más notícias sobre sua saúde. Ele também escolheu amar e perdoar as pessoas mais livremente, falando-lhes com mais ternura. A música recomenda que vivamos bem, como se soubéssemos quão breve a vida acabará.
O nosso tempo é limitado. É importante não adiarmos o que podemos fazer hoje, porque um dia ficaremos sem os amanhãs daqui. Isso é particularmente urgente para os cristãos que creem que Jesus pode retornar a qualquer momento (talvez no exato segundo que você estiver lendo essa frase!). Jesus nos exorta a estarmos prontos, a não vivermos como as cinco virgens “tolas” que estavam despreparadas quando o noivo voltou (Mateus 25:6-10).
Mas essa música não conta toda a história. Nós que amamos a Jesus nunca ficaremos sem os amanhãs. Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim viverá, mesmo depois de morrer. Quem vive e crê em mim jamais morrerá…” (João 11:25,26). Nossa vida nEle jamais acaba. Portanto, não viva como se estivesse morrendo. Porque você não está. Pelo contrário, viva como se Jesus já estivesse chegando. Porque Ele está! Mike Wittmer - Pão Diário

Posicionando-se sobre a fé


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Desmond Doss serviu na Segunda Guerra Mundial como não combatente. Suas crenças religiosas o impediam de portar armas, mas ele serviu habilmente como médico de combate. Em uma batalha, ele resistiu ao intenso fogo inimigo para retirar 75 soldados feridos de sua unidade à segurança. Sua história é contada no documentário O objetor de consciência (2004) e dramatizada no filme Até o último homem (2016).
A lista dos heróis da fé cristã inclui corajosos como Abraão, Moisés, Davi, Elias, Pedro e Paulo. No entanto, José de Arimateia e Nicodemos são heróis desconhecidos que arriscaram sua posição junto aos líderes judeus para recolher o corpo crucificado de Cristo e dar-lhe um enterro decente (vv.40-42). Esse foi o movimento ousado de um discípulo temeroso e secreto de Jesus e de Nicodemos, que antes se atrevera a visitá-lo apenas à noite (vv.38,39). Por que é impressionante eles terem assumido sua posição de fé antes de Jesus sair vitorioso do túmulo?
Talvez a maneira que Jesus morreu e o que se seguiu imediatamente (Mateus 27:50-54) tenha cristalizado a sua fé inicial. Talvez tenham aprendido a se concentrar em quem Deus é e não no que o homem poderia fazer a eles. Qualquer que tenha sido a inspiração, hoje podemos seguir o exemplo deles e demonstrar coragem para, em favor de outros, assumir riscos pela fé em nosso Deus. Remi Oyedele - Pão Diário

Falsa segurança

Quando nosso cachorrinho Rupert era pequeno, ele tinha tanto medo de sair que eu tinha que arrastá-lo ao parque. Certo dia, tolamente o soltei de sua coleira. Ele correu para casa, de volta à sua segurança. Isso me fez lembrar de alguém que conheci num avião, que começou a se desculpar comigo enquanto taxiávamos pela pista: “Vou ficar bêbado neste voo”. “Parece-me que não é isso que você quer”, respondi. “Não é”, ele replicou: “Mas sempre recorro ao vinho”. Ele ficou bêbado, e a parte mais triste foi ver sua esposa abraçá-lo quando ele saiu do avião, cheirar seu hálito e depois afastarem-se. A bebida era a segurança dele, mas esse não era um lugar seguro.
Jesus começou Sua missão com as palavras: “O reino de Deus está próximo! Arrependam-se e creiam nas boas novas!” (Marcos 1:15). “Arrepender” significa reverter a direção. O “reino de Deus” é o Seu domínio amoroso sobre nossa vida. Em vez de corrermos para lugares que nos aprisionam, ou sermos dominados por medos e vícios, Jesus diz que podemos ser governados pelo próprio Deus, que amorosamente nos leva à nova vida e liberdade. Hoje Rupert corre até o parque latindo de alegria. Oro para que aquele homem no avião encontre a mesma alegria e liberdade, deixando para trás seu falso lugar de segurança. Sheridan Voysey - Pão Diário

Qualificado aos olhos de Deus

Fui contratada por uma consultoria em tecnologia embora eu não conseguisse escrever uma linha de código de computador e tivesse pouco conhecimento de negócios. Na entrevista inicial, aprendi que a empresa não valorizava a experiência anterior. As qualidades pessoais como a capacidade de resolver problemas criativamente, bom senso e trabalho em equipe eram mais importantes. Presumiam que os novos funcionários aprenderiam, desde que fossem o tipo de pessoa que procuravam.
Noé não tinha o currículo adequado para construir a arca, não era engenheiro naval nem carpinteiro. Era fazendeiro e sentia-se confortável com a camisa suja e o arado nas mãos. No entanto, pela maneira que Deus decidira lidar com o mal no mundo, Noé se destacou porque “andava em comunhão com Deus” (Gênesis 6:9). O Senhor valorizava a docilidade do seu coração, a força para resistir à corrupção ao seu redor e fazer o que era certo. Quando surgirem oportunidades de servirmos a Deus, talvez não nos sintamos qualificados para o trabalho. Felizmente, Deus não está necessariamente preocupado com nosso conjunto de habilidades. Ele valoriza o nosso caráter, o amor a Ele e a disposição de confiar nele. Quando essas qualidades estão sendo desenvolvidas em nós pelo Espírito, Deus pode nos usar de maneiras grandes ou pequenas para realizar Sua vontade entre nós. Pão Diário

Um escudo ao meu redor

Foi uma perda dramática quando Paulo, nosso ministro de louvor, morreu aos 31 anos num acidente de barco. Paulo e sua esposa, DuRhonda, conheciam a dor, pois haviam “enterrado” vários filhos que nem chegaram a nascer. Seria mais uma sepultura ao lado das outras desses pequeninos. As crises dramáticas que essa família experimentou atingiram aqueles que os amavam como um nocaute cruel.
Davi também enfrentou crises pessoais e familiares. Ele se viu sobrecarregado por causa da rebelião de seu filho Absalão. Em vez de ficar e lutar, escolheu fugir de casa e do trono (2 Samuel 15:13-23). Embora “muitos” o considerassem abandonado por Deus (Salmo 3:2), Davi sabia da verdade; ele viu o Senhor como seu protetor e clamou a Ele (vv.3,4). DuRhonda agiu da mesma maneira. Em meio à sua dor, quando centenas de pessoas se reuniram para se lembrar do marido dela, ela entoou com a sua voz suave e terna uma canção que expressava sua confiança em Deus. Quando os relatórios médicos são desencorajadores, as pressões financeiras não diminuem, os esforços para conciliar os relacionamentos fracassam e a morte busca aqueles que amamos, que possamos estar fortalecidos para dizer: “Mas tu, Senhor, és um escudo ao meu redor; és minha glória e manténs minha cabeça erguida” (v.3). Arthur Jackson - Pão Diário

Crescendo para saber

Aos 17 anos, emocionei-me ao saber que fora aprovado no intercâmbio para estudar na Alemanha, apesar de faltar apenas três meses para partir e eu nunca ter estudado alemão. Passei os dias seguintes preparando-me rapidamente, estudando por horas e escrevendo palavras para memorizar até nas mãos. Meses depois eu estava numa sala de aula na Alemanha, desanimado por não saber mais da língua. Naquele dia, um professor me deu um conselho sábio: “Aprender uma língua é como escalar uma duna de areia. Às vezes você sente que não está chegando a lugar algum. Não desista e chegará”.
Às vezes, reflito sobre isso ao refletir sobre o que significa crescer como cristão. Paulo declara: “Aprendi o segredo de viver em qualquer situação”. Até mesmo para ele, a paz interior não aconteceu da noite para o dia. Ela amadureceu nele. O apóstolo compartilha o segredo de seu progresso: “Posso todas as coisas por meio de Cristo, que me dá forças” (Filipenses 4:12,13).
A vida tem seus desafios, mas, ao nos voltarmos Àquele que venceu o mundo (João 16:33), descobrimos não apenas que Deus é fiel para nos fazer passar pelo que passamos, mas também que nada importa mais do que a proximidade com o Senhor. O Senhor Deus nos concede a paz, ajuda-nos a confiar e nos capacita a percorrer a distância à medida que caminhamos com Ele. James Banks - Pão Diário

Nome dos Nomes

O nome de Antonio Stradivari (1644–1737) é lendário no mundo da música. Seus violinos, violoncelos e violas são muito apreciados por sua habilidade e clareza de som que muitos receberam até nomes próprios. Um deles, por exemplo, é conhecido como o Stradivarius Messias-Salabue. Depois que o violinista Joseph Joachim (1831–1907) o tocou, escreveu: “O som do Strad, aquele único ‘Messie’, aparece de novo e de novo em minha memória, com sua combinada doçura e grandeza”.
Até mesmo o nome e o som de um Stradivarius, no entanto, não merecem ser comparados ao trabalho de uma Fonte muito maior. De Moisés a Jesus, o Deus dos deuses se apresenta com um nome acima de todos os nomes. Por nossa causa, Ele quer que a sabedoria e a obra de Sua própria mão sejam reconhecidas, valorizadas e celebradas sob o som da música (Êxodo 6:1; 15:1,2). No entanto, essa liberação de força em resposta aos gemidos de um povo conturbado foi apenas o começo. Quem poderia prever que, pela fraqueza das mãos crucificadas, Ele um dia deixaria um legado de valor eterno e infinito? Alguém poderia ter predito a maravilha resultante e a grandeza da música cantada em louvor ao nome de Alguém que morreu carregando o insulto de nossos pecados e rejeição para mostrar o quanto Ele nos ama? Mart DeHaan - Pão Diário

Na videira

Certa primavera, após um inverno particularmente sombrio durante o qual Emma ajudou uma pessoa doente da sua família, ela se encorajava cada vez que passava por uma cerejeira perto de sua casa em Cambridge, Inglaterra. No topo das flores rosas cresceram flores brancas. Um jardineiro criativo tinha enxertado na árvore um ramo de flores brancas. Quando Emma passava pela árvore incomum, pensava nas palavras de Jesus sobre ser Ele a Videira e Seus seguidores os ramos (vv.1-8).
Chamando-se a si mesmo de Videira, Jesus se referia a uma imagem familiar aos israelitas no Antigo Testamento, pois para eles a videira simbolizava o povo de Deus (Salmo 80:8,9; Oséias 10:1). Jesus estendeu esse simbolismo a si mesmo, dizendo que Ele era a Videira e que os Seus seguidores foram enxertados nele como ramos. E na medida em que permanecessem nele, receberiam o Seu alimento e força e produziriam frutos (v.5).
Quando Emma ajudava o familiar doente, ela precisava lembrar-se de que estava ligada a Jesus. Ver as flores brancas entre as rosas foi uma indicação visual da verdade bíblica de que, enquanto permanecesse na Videira, ela se nutriria por meio de Jesus. Quando nós que cremos em Jesus abraçamos a ideia de estarmos tão ligados dele como um ramo está para uma videira, a nossa fé se fortalece e se enriquece. Amy Boucher Pye - Pão Diário

Sentindo-se pequeno


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Muitos críticos de cinema consideram Lawrence da Arábia, de David Lean, um dos maiores filmes de todos os tempos. Com suas paisagens intermináveis dos desertos árabes, influenciou uma geração de cineastas incluindo o diretor Steven Spielberg. “Fui inspirado na primeira vez que vi Lawrence”, disse Spielberg. “Isso me fez e ainda faz sentir-me insignificante. É uma medida de sua grandeza”. Também, sinto-me pequeno quando contemplo a vastidão da criação ao olhar para o oceano, sobrevoo a calota polar ou observo um céu noturno brilhando com um bilhão de estrelas. Se o Universo é tão extenso, quanto mais grandioso deve ser o Criador que o criou!
A grandeza de Deus e nossa insignificância são ecoados por Davi quando ele declara: “Quem são os simples mortais, para que penses neles? Quem são os seres humanos, para que com eles te importes?” (Salmo 8:4). Mas Jesus nos assegura: “Observem os pássaros. Eles não plantam nem colhem, nem guardam alimento em celeiros, pois seu Pai celestial os alimenta. Acaso vocês não são muito mais valiosos que os pássaros?” (Mateus 6:26).
Posso me sentir pequeno e insignificante, mas, aos olhos de meu Pai, tenho muito valor, do qual tenho provas toda vez que olho para a cruz. O preço que Ele se dispôs a pagar para restabelecer a minha comunhão com Ele é uma evidência de como Jesus me valoriza. Bill Crowder - Pão Diário

Vire e corra

Ali era bonita, inteligente e talentosa e seus pais muito amorosos. Mas, depois do Ensino Médio, algo a levou a experimentar heroína. Os pais perceberam e a enviaram à clínica de reabilitação após ela admitir o impacto que a droga exercia sobre ela. Após o tratamento, eles lhe perguntaram o que diria a suas amigas sobre o uso das drogas. Seu conselho: “Basta virar e correr” e enfatizou que não seria o suficiente apenas dizer “não”. Ali recaiu e morreu de overdose aos 22 anos. Na tentativa de manter outros longe desse destino, os pais dela, com o coração partido, foram à TV local para encorajar outros a “correrem por Ali”, ficando longe de situações em que poderiam ser expostos a drogas e demais perigos.
O apóstolo Paulo exortou seu filho espiritual Timóteo (e nós) a fugir do mal (2 Timóteo 2:22), e Pedro também advertiu: “Tomem cuidado com seu grande inimigo, o diabo, que anda como um leão rugindo à sua volta, à procura de alguém para devorar. Permaneçam firmes contra ele e sejam fortes na fé” (1 Pedro 5:8,9).
Ninguém está imune à tentação e o melhor a fazer é evitar situações em que seremos tentados, embora estas nem sempre possam ser evitadas. Mas podemos estar melhor preparados com a fé firme em Deus baseada na Bíblia e fortalecida pela oração. Quando “[nos firmamos] na fé”, sabemos quando virar e correr até o Senhor. Alyson Kieda - Pão Diário

Mais que a água

Uma das minhas primeiras memórias de infância da igreja foi um pastor andando pelo corredor, desafiando-nos a “lembrar as águas do nosso batismo”. Lembram-se das águas? Eu me perguntei: Como você pode se lembrar da água? Ele então começou a espirrar água em todos, o que, quando criança, encantou-me e confundiu.
Por que devemos pensar sobre o batismo? Quando uma pessoa é batizada, há muito mais do que água. O batismo simboliza como, através da fé em Jesus, nos tornamos revestidos de Cristo (Gálatas 3:27). Ou, em outras palavras, celebramos que pertencemos a Ele e que Jesus vive em e através de nós. Como se isso não fosse significativo o suficiente, a passagem nos diz que, se nos revestimos de Cristo, a nossa identidade é encontrada nEle. Somos os “filhos de Deus por meio da fé em Cristo Jesus” (v.26). Como tal, fomos declarados justos com Deus pela fé, não por seguir a lei do Antigo Testamento (vv.23-25). Não somos divididos uns contra os outros por gênero, cultura e status. Somos libertos e trazidos para a unidade por meio de Cristo e agora somos Seus (v.29). Temos boas razões para lembrar o batismo e tudo o que ele representa. Não estamos simplesmente nos concentrando no ato em si, mas pertencemos a Jesus e nos tornamos filhos de Deus. Nossa identidade, futuro e liberdade espiritual são encontrados nEle. Peter Chin - Pão Diário

Não alimente as provocações

Já ouviu a expressão: “Não alimente os provocadores”? A provocação ou “trolação” é um novo problema no mundo digital atual: os provocadores online publicam comentários intencionalmente inflamatórios e prejudiciais em fóruns sociais. Mas ignorar tais comentários, não “alimentar” os provocadores, torna-lhes mais difícil sabotar uma conversa.
É fácil encontrar pessoas que não estão genuinamente interessadas em conversas produtivas. “Não responda”. Provérbios 26:4 nos adverte que, ao discutir com uma pessoa arrogante e pouco receptiva, arriscamo-nos a nos rebaixarmos ao patamar dela.
No entanto, até a pessoa aparentemente mais teimosa é também uma preciosa portadora da imagem de Deus. Se formos rápidos em dispensar os outros, podemos estar correndo o risco de sermos arrogantes e de nos tornarmos não receptivos à graça de Deus (Mateus 5:22). Isso explica a razão de Provérbios 26:5 oferecer a diretriz exatamente oposta. É preciso a humilde dependência a Deus para discernir a melhor maneira de mostrar aos outros o amor em cada situação. Em algumas nos posicionamos; em outras, é melhor mantermos silêncio.
Temos paz em saber que o Deus que nos aproximou quando nos opúnhamos a Ele (Romanos 5:6) atua no coração de cada pessoa. Descansemos em Sua sabedoria enquanto tentamos compartilhar o amor de Cristo. Pão Diário

Unidade

No século 18, cerca de 300 cristãos morávios que viviam no local onde hoje é a República Tcheca encontraram refúgio da perseguição na propriedade de um generoso conde alemão. Mas, em vez de uma comunidade ideal para refugiados perseguidos, o local encheu-se de discórdia. As diferentes perspectivas sobre o cristianismo causaram divisões. O que eles fizeram pode parecer simples, mas trouxe-lhes um reavivamento incrível. Concentraram-se no que concordavam e não nas suas discordâncias o que resultou em unidade entre eles.
O apóstolo Paulo encorajou fortemente os cristãos da igreja em Éfeso a viverem em união. O pecado sempre lhes traria problemas, desejos egoístas e conflitos nos relacionamentos. Mas, como “filhos amados de Deus”, os efésios foram chamados a viver sua nova identidade de maneiras práticas (Efésios 5:1,2). Primeiramente, eles deveriam fazer “…todo o possível para se manterem unidos no Espírito, ligados pelo vínculo da paz” (4:3).
Essa união não é apenas uma simples camaradagem alcançada através da força humana. Devemos ser “sempre humildes e amáveis, tolerando pacientemente uns aos outros em amor” (v.2). Da perspectiva humana, é impossível agir dessa maneira. Não podemos alcançar a unidade através do nosso próprio poder, mas através do poder perfeito de Deus “que atua em nós” (3:20). Estera Escobar - Pão Diário

Tudo que você faz

Em Surpreendido pela Alegria (Mundo Cristão, 1998), C. S. Lewis conta que abraçou o cristianismo aos 33 anos, “chutando, lutando, ressentido e buscando um escape em todas as direções”. Apesar de sua resistência, das deficiências e obstáculos que enfrentou, o Senhor o transformou em um corajoso e criativo defensor da fé. Lewis proclamou a verdade e o amor de Deus em ensaios e romances que ainda são lidos, estudados e compartilhados há mais de 55 anos após sua morte. A vida dele refletiu a crença de que “nunca somos velhos demais para definir outro objetivo ou sonhar com novas realizações”.
À medida que planejamos e perseguimos os nossos sonhos, Deus pode purificar os nossos motivos e nos capacitar a dedicar-lhe tudo o que fizermos. Das tarefas comuns aos maiores desafios, podemos viver para a glória do nosso Criador Todo-Poderoso, que “fez tudo com propósito”. Toda ação, palavra e pensamento podem tornar-se uma expressão de adoração sincera, uma dádiva de sacrifício para honrar nosso Senhor, enquanto Ele cuida de nós (Provérbios 16:3,47).
Deus não pode ser limitado por nossas restrições, reservas ou tendências de nos acomodarmos ou sonharmos pequeno. Ao escolhermos viver para Ele, dedicados e dependentes dele, Deus cumprirá os Seus planos para nós. Tudo o que fazemos pode ser feito com Ele, por Ele e somente por causa dEle. Xochitl Dixon - Pão Diário

Dominar a língua


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A autora Beryl Markham detalhou seu trabalho com Camciscan, um garanhão mal-humorado que ela fora encarregada de domar. Nele, ela tinha encontrado um oponente à altura. Não importava a sua estratégia, nunca domou completamente o garanhão orgulhoso, e conseguiu apenas uma vitória sobre sua teimosia.
E nós? Sentimos isso na batalha para domar nossa língua? Tiago compara a língua ao freio na boca do cavalo ou ao leme do navio (Tiago 3:3-5) e lamenta: “E, assim, bênção e maldição saem da mesma boca. Meus irmãos, isso não está certo” (v.10). Como vencer a batalha sobre a língua? Paulo nos oferece conselhos para dominá-la. O primeiro envolve falar apenas a verdade (Efésios 4:25), mas isso não é uma licença para ser contundente. O apóstolo prossegue com: “Evitem o linguajar sujo e insultante. Que todas as suas palavras sejam boas e úteis, a fim de dar ânimo àqueles que as ouvirem” (v.29). Nós também podemos jogar o lixo fora: “Livrem-se de toda a amargura, raiva, ira, das palavras ásperas e da calúnia, e de todo tipo de maldade” (v.31). Isso é fácil? Não se tentarmos fazer isso sozinhos. Felizmente, temos o Espírito Santo que nos ajuda quando confiamos nEle. Com Camciscan era necessário ter consistência na batalha das vontades e isso vale também para que as nossas “palavras sejam boas e úteis”. Linda Washington - Pão Diário

Melhor do que nunca

A Catedral de Notre Dame em Paris é um edifício espetacular. Sua arquitetura é fascinante, e seus vitrais e belos detalhes internos são de tirar o fôlego. Mas depois de séculos de imponência elevando-se sobre a paisagem de Paris, o prédio precisou de renovação — que já tinha sido iniciada quando um incêndio devastador causou extensos danos ao glorioso edifício antigo. As pessoas que amam este marco de oito séculos vieram em seu socorro. Mais de um bilhão de dólares foram levantados para restaurar o prédio. A estrutura de pedra teve que ser escorada. O interior danificado e os seus valiosos pertences estão sendo restaurados. Todo esse esforço vale a pena, porque para muitos essa antiga catedral permanece como um símbolo de esperança.
O que acontece com as construções acontece conosco. Eventualmente, o nosso corpo, assim como essa igreja antiga, se deteriorará pelo desgaste! Mas, como o apóstolo Paulo explica, há boas novas: embora possamos perder gradualmente a vitalidade física da juventude, o cerne de quem somos — o nosso ser espiritual — pode ser continuamente renovado (2 Coríntios 4:16). Como “o nosso objetivo é agradar ao [Senhor]” (5:9), confiando no Espírito Santo para nos encher e transformar (3:18; Efésios 5:18), o nosso crescimento espiritual nunca precisa estagnar — não importa como é o nosso “edifício”. Dave Branon - Pão Diário

Eu não temerei nenhum mal

Em 1957, Melba Pattillo Beals foi escolhida para ser uma das nove afro-americanas a estudar numa escola que anteriormente era só para alunos brancos em Little Rock, Arkansas, EUA. Em seu livro de memórias lançado em 2018 nos EUA, Melba relata as injustiças e o assédio que se esforçou para enfrentar corajosamente todos os dias como estudante aos 15 anos. Escreveu também sobre sua fé profunda em Deus. Em seus momentos mais sombrios, quando o medo quase a dominou, Melba repetiu os versos bíblicos familiares que aprendera desde cedo com a avó. Ao recitá-los, ela lembrava-se da presença de Deus com ela, e as Escrituras lhe davam coragem para resistir.
Melba recitou muitas vezes o Salmo 23, encontrando consolo em confessar: “Mesmo quando eu andar pelo escuro vale da morte, não terei medo” (v.4). O encorajamento de sua avó ressoava também em seus ouvidos, assegurando-lhe que Deus “está tão perto quanto a sua pele, e você só precisa pedir por Sua ajuda”. Embora nossas situações particulares possam variar, todos nós provavelmente enfrentaremos lutas difíceis e circunstâncias avassaladoras que poderiam facilmente nos fazer ceder ao medo. Nesses momentos, que o seu coração encontre encorajamento na verdade de que a poderosa presença de Deus está sempre conosco. Lisa M. Samra - Pão Diário

Quando sabemos quem ganha

Meu supervisor é fã de um time de basquete que neste ano venceu o campeonato nacional, e outro colega lhe enviou uma mensagem congratulando-o. O único problema foi que meu chefe ainda não tinha tido a chance de assistir ao último jogo! Ele disse que estava frustrado por saber o resultado de antemão. Mas, admitiu que pelo menos quando assistiu ao jogo não estava nervoso quando o placar ficou próximo ao final. Ele sabia quem vencera!
Nós nunca sabemos realmente o que o amanhã nos trará. Uns dias podem parecer mundanos e tediosos, enquanto outros são cheios de alegria. Ainda outras vezes, a vida pode ser cansativa, angustiante, mesmo por longos períodos de tempo. Mas apesar dos imprevistos da vida, ainda podemos ancorar-nos na paz de Deus. Porque, como meu supervisor, sabemos o final da história. Nós sabemos quem “ganha”. O Apocalipse levanta a cortina desse espetáculo. Após a derrota final da morte e do mal (Apocalipse 20:10,14), João descreve a vitória (21:1-3) quando Deus habitará com Seu povo e lhes enxugará “dos olhos toda a lágrima” num mundo onde “não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor” (vv.3,4).
Nos dias difíceis, apeguemo-nos a essa promessa. Não haverá mais perda ou pranto, dúvidas ou corações partidos. Em vez disso, passaremos a eternidade junto ao nosso Salvador. Que celebração gloriosa será! Pão Diário

Linhas azuis

As pistas de esqui são marcadas por faixas de tinta azul espalhadas sobre o branco da neve. As marcas imperfeitas podem distrair os espectadores, mas são vitais para o sucesso e a segurança dos competidores. A pintura serve como guia para os esquiadores visualizarem a linha mais rápida até o final da colina. Além disso, o contraste da tinta contra a neve dá a percepção de profundidade aos esquiadores, o que é crítico para a segurança deles quando descem em velocidades tão altas.
Salomão implora aos seus filhos que busquem sabedoria na esperança de mantê-los seguros na corrida da vida. Como as linhas azuis, a sabedoria, diz ele, os conduzirá “por uma estrada reta” e os impedirá de tropeçar (Provérbios 4:11,12). Sua mais profunda esperança como pai é que seus filhos tenham uma vida rica, livre dos efeitos danosos de viverem separados da sabedoria divina. Deus, nosso amoroso Pai, oferece-nos orientação “faixa azul” na Bíblia. Embora Ele nos dê a liberdade de “esquiar” onde preferirmos, a sabedoria que Ele oferece nas Escrituras, como delimitadores de trajetos, dão “vida a quem as encontra” (v.22). Quando nos afastarmos do mal e caminharmos com Ele, nosso caminho será iluminado com a Sua justiça, a qual impede que nossos pés tropecem e nos guia a cada dia (vv.12,18). Kirsten Holmberg - Pão Diário

Andando na contramão

Por um acaso, encontrei um documentário britânico de 1932 sobre Flannery O’Connor, aos 6 anos, na fazenda da sua família. Ela chamou atenção porque ensinou uma galinha a andar para trás. À parte desse fato inusitado, achei esse vislumbre da história uma metáfora perfeita. Ela tornou-se uma aclamada escritora norte-americana. Por suas sensibilidades literárias e convicções espirituais, ela passou seus 39 anos definitivamente andando para trás, pensando e escrevendo de maneira contracultural. Seus editores e leitores ficaram totalmente confusos com a forma como seus temas bíblicos iam contra as visões religiosas que eles esperavam.
É inevitável que os imitadores de Jesus sigam na contramão. Jesus, embora “sendo Deus”, não agiu da maneira previsível que esperávamos (Filipenses 2:6). Não usou o Seu poder para benefício próprio, mas “humilhou-se e foi obediente até a morte” (vv.6,7). Cristo, o Senhor da criação, rendeu-se à morte por amor. Não se apegou ao prestígio, mas acolheu a humildade. Não se apegou ao poder, mas cedeu ao controle. Jesus, em essência, andou na contramão — indo contra os poderes do mundo. As Escrituras nos dizem para fazermos o mesmo (v.5). Como Jesus, servimos em vez de dominar, movemo-nos em direção à humildade não à proeminência, doamos ao invés de retirarmos. No poder de Jesus, andamos na contramão. Winn Collier - Pão Diário

Sim, quero!

Shirley olhou pela janela e notou um casal mais idoso lutando para retirar um pedaço de cerca velha deixada num quintal e rotulado como “grátis”. Shirley e seu marido foram ajudá-los. Os quatro colocaram parte da cerca dentro de uma carreta manual e a empurraram pelas ruas até a casa do casal. Eles riam o tempo todo pelo espetáculo que davam. Quando voltaram para pegar a outra parte da cerca, a mulher perguntou a Shirley: “Você quer ser minha amiga?”. “Sim, quero!”, ela respondeu. Mais tarde, Shirley descobriu que sua nova amiga vietnamita falava pouco inglês e sentia-se solitária porque seus filhos, já crescidos, tinham se mudado para longe.
Deus lembrou aos israelitas que eles sabiam como era se sentir estrangeiros (v.34) e como deviam tratar aos outros (Levítico 19:9-18). Deus os havia separado para ser Sua própria nação e, em troca, deveriam abençoar seus “vizinhos” amando-os como a si mesmos. Jesus, a maior bênção de Deus para as nações, mais tarde reafirmou as palavras do Pai e as estendeu a todos nós: “Ame o Senhor, seu Deus. […] Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22:37-39). Por meio do Espírito de Cristo que vive em nós, podemos amar a Deus e os outros porque Ele nos amou primeiro (Gálatas 5:22,23; 1 João 4:19). Podemos dizer: “Sim, quero!”? Anne Cetas - Pão Diário

A última palavra


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Admito que eu tinha uma certa queda por Sara na época de escola. Sua risada era maravilhosa e não tenho certeza se ela sabia dessa minha paixão, mas suspeito que sim. Após a formatura, perdi o contato com ela e seguimos em direções diferentes, como muitas vezes acontece. Continuo em contato com alguns daquela turma de formandos em fóruns online e fiquei muito triste quando soube que Sara morreu. Refleti sobre a direção que a vida dela tinha tomado ao longo dos anos. Quanto mais idoso fico mais perco amigos e familiares. No entanto, muitos de nós temos a tendência de evitar falar sobre isso.
Apesar de nos entristecermos, essa esperança sobre a qual o apóstolo Paulo fala é a de que a morte não tem a palavra final (1 Coríntios 15:54,55). Há, em seguida, outra palavra: ressurreição. Paulo fundamenta essa esperança no fato de Cristo ter ressuscitado (v.12), e diz: “se Cristo não ressuscitou, nossa pregação é inútil, e a fé que vocês têm também é inútil” (v.14). Se nossa esperança como cristãos é limitada apenas a este mundo, somos os mais dignos de pena (v.19). Um dia veremos novamente aqueles que “adormeceram crendo em Cristo” (v.18): avós e pais, amigos e vizinhos ou talvez até antigas paixões de pátios de escola. A morte não é a última palavra. A ressurreição sim! John Blase - Pão Diário

Luz guia

O restaurante era adorável, mas escuro. Apenas uma pequena vela tremeluzia em todas as mesas. Para enxergarem melhor, os clientes usavam os smartphones para ler seus menus, olhar para os colegas de mesa e até mesmo para ver o que estavam comendo. Finalmente, um cliente empurrou a cadeira silenciosamente, aproximou-se de um garçom e fez-lhe um pedido simples: “Você poderia acender as luzes?”. Em pouco tempo, acenderam-se as luzes e os fregueses explodiram em aplausos, com risos, conversas alegres e agradecimentos. O marido da minha amiga desligou o telefone, pegou os talheres e falou por todos nós: “Que haja luz! E agora vamos comer!”.
Nossa noite obscura se tornara festiva com o toque de um interruptor. Mas quanto mais importante é conhecer a fonte genuína da verdadeira luz. O próprio Deus falou as palavras surpreendentes: “Haja luz”, no primeiro dia em que Ele criou o Universo “e houve luz” (Gênesis 1:3). “E Deus viu que a luz era boa” (v.4).
A luz expressa o grande amor de Deus por nós. A Sua luz nos direciona a Jesus, “a luz do mundo” (João 8:12), que nos afasta da obscuridade do pecado. Andando em Sua luz, encontramos o caminho claro para a vida que glorifica o Filho. Ele é o presente mais reluzente do mundo. À medida que Ele brilha, andemos em Seu caminho. Patricia Raybon - Pão Diário

É escorregadio aqui fora!

Anos atrás, quando eu estava aprendendo a esquiar, segui meu filho Josué no que parecia ser um declive suave. Com meu olhar fixo nele, não percebi que ele tinha descido a colina mais íngreme da montanha e desci a encosta completamente fora de controle. E claro, caí violentamente.
O Salmo 141 nos mostra como é fácil nos inclinarmos ao pecado. A oração é uma das formas de nos mantermos atentos a esses escorregões: “Não permitas que eu me desvie para o mal” (v.4) é um apelo que ressoa quase exatamente a oração do Senhor: “E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal” (Mateus 6:13). Em Sua bondade, Deus ouve e responde a essa oração. Nesse salmo, também encontro outro agente da graça: um amigo fiel. “Firam-me os justos! Será um favor! Se eles me corrigirem, será remédio que dá alívio; não permitas que eu o recuse” (v.5). As tentações são sutis. Nem sempre estamos conscientes de que estamos errados. Um amigo verdadeiro pode ser objetivo. “As feridas feitas por um amigo sincero são melhores…” (Provérbios 27:6). É difícil aceitar a repreensão, mas, se vemos o ferimento como “bondade”, ele pode se tornar uma unção que nos coloca de volta no caminho da obediência. Que possamos estar abertos à verdade dita por um amigo de confiança e dependermos de Deus em oração. Pão Diário

Um legado duradouro

Thomas Edison inventou a primeira lâmpada. Jonas Salk desenvolveu uma vacina eficaz contra a poliomielite. Amy Carmichael escreveu muitos dos hinos que cantamos na adoração. Mas e você? Por que você foi colocado na Terra? Como você investirá a sua vida?
Gênesis 4 nos diz que Eva engravidou e “…deu à luz Caim”. Depois de segurar Caim pela primeira vez, ela anunciou: “Com a ajuda do Senhor, tive um filho” (Gênesis 4:1). No esforço para explicar a surpreendente experiência do primeiro nascimento, Eva usa uma frase repleta da dependência da ajuda soberana de Deus: “Com a ajuda do Senhor”. Eventualmente, através da semente de Eva, Deus proveria resgate para Seu povo por meio de outro Filho (João 3:16). Que legado!
A paternidade é uma das muitas maneiras pelas quais as pessoas fazem contribuições duradouras para esse mundo. Talvez sua oferta surgirá numa sala onde você escreve, tricota ou pinta. Talvez você seja um exemplo para outra pessoa que esteja desprovida de influência divina. Ou o seu investimento pode vir depois da sua morte de formas que você nunca imaginaria. Pode ser o trabalho que você deixa para trás ou sua reputação de integridade nos negócios. Em todo caso, suas palavras ecoarão a mesma dependência de Eva em Deus? “Com a ajuda do Senhor”, o que você fará por Sua honra? Pão Diário