Orações sem respostas

Já chegamos? Ainda não. Já chegamos? Ainda não. Repetíamos isso com os nossos filhos pequenos em longas viagens. Nossos dois filhos mais velhos ainda nos perguntam isso. Se eu ganhasse uma moeda cada vez que eles perguntavam a mesma coisa, hoje teria uma montanha de moedas. Era uma pergunta com a qual meus filhos eram obcecados, mas eu também ficava obcecado pensando: já chegamos? E a resposta era: ainda não, mas em breve.
Verdade seja dita, a maioria dos adultos faz uma variação desse questionamento, mesmo sem expressá-la em voz alta. Mas pedimos pelo mesmo motivo: estamos cansados, e com os olhos embaçados pela tristeza (Salmo 6:7). Estamos exaustos “de tanto gemer” (v.6) pelos noticiários noturnos, frustrações diárias no trabalho, problemas intermináveis de saúde, relacionais, e a lista continua… Gritamos, já chegamos? “Senhor, quando virás me restaurar? (v.6).
O salmista conhecia bem esse tipo de cansaço e, com sinceridade, questionou o Senhor. Como um pai carinhoso, Deus ouviu a súplica de Davi e, em Sua grande misericórdia, aceitou-a (v.9). Davi não tinha vergonha em questionar. Nós também podemos nos aproximar ousadamente do nosso Pai celestial com nossas sinceras súplicas perguntando-lhe: “Quando virás?” e Sua resposta pode ser: “Ainda não, mas em breve. Eu sou bondoso. Confie em mim!”. John Blase - Pão Diário

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