“Não penso que Deus seja bom”, disse-me minha amiga. Ela havia orado durante anos acerca de algumas questões difíceis, mas nada havia melhorado. Sua raiva e amargura pelo silêncio de Deus cresciam. Conhecendo-a bem, percebi que, no fundo, ela acreditava que Deus é bom, mas a dor contínua em seu coração e a aparente falta de interesse da parte dele a levaram a duvidar. Para ela, era mais fácil suportar a raiva do que a tristeza. Duvidar da bondade divina é tão antigo quanto Adão e Eva (Gênesis 3). A serpente colocou esse pensamento na mente de Eva ao sugerir que Deus estava retendo o fruto dela “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (v.5). Com soberba, eles pensaram que, em vez de Deus, eles mesmos deveriam determinar o que era bom para eles. Anos após a morte da filha, James Bryan Smith descobriu ser capaz de aceitar a bondade de Deus. Em seu livro O maravilhoso e bom Deus (Ed. Vida, 2010), ele escreveu: “A bondade de Deus não é algo sobre o qual tenho que decidir. Sou um ser humano com compreensão limitada.” Esse surpreendente comentário não é ingênuo; é o resultado de anos processando sua dor e buscando o coração de Deus. Em momentos de desânimo, ouçamos bem uns aos outros e ajudemo-nos a ver a verdade de que Deus é bom. Anne - Pão Diário
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