Cante!

Nossa casa fica perto de um parque, onde costumo caminhar todas as manhãs. Uma senhora de idade também passeia por ali, no mesmo horário. Ela caminha no sentido horário, e eu no sentido anti-horário, o que significa que nos encontramos duas vezes a cada volta. Seus olhos são amáveis e sua face já é cansada por causa da idade. Quando nos encontramos pela primeira vez em cada manhã, ela, que tem o mal de Alzheimer, pergunta: "Eu já cantei a minha canção?" E eu digo: "Não, senhora". E então ela canta uma pequena canção sobre o sol: "Bom dia, senhor sol...", depois sorri e segue adiante. Assim cada qual segue o seu caminho até nos encontrarmos outra vez. Ela pergunta: "Eu já cantei a minha canção?" Eu lhe digo: "Cante-a de novo!" E ela o faz, e depois não consigo tirar a sua agradável canção da minha mente. Ela se tornou uma parábola do tipo de pessoa que quero ser, seguir o meu caminho pelo mundo, cantando e tendo sempre uma melodia em meu coração, cantando sobre o Sol da Justiça que se levantou: "...trazendo salvação nas suas asas..." (Malaquias 4:2), deixando atrás de si uma lembrança contínua de Seu amor. Que a canção divina esteja em seu coração e em seus lábios, hoje. E que muitos venham a ouvi-la e confiar no Senhor. Roper - Pão Diário