Uma das lembranças mais remotas que tenho do meu papá é a de que ele gostava de fazer pinturas em espaços pré numerados. A tela era grande, mas os segmentos numerados, de cores pré-determinadas, eram bem pequenos. Papá sentava em sua cadeira por horas, no porão de casa, trabalhando meticulosamente, com o quadro à sua frente e uma chávena de café ao lado. Como menino, eu sentava nas escadas do porão e observava-o com fascínio. Meu interesse não era despertado pelo pensamento de que pintar mosaicos numerados o tornaria um grande artista. Mas eu ficava impressionado com a maneira como ele trabalhava pacientemente completando cada pintura pré desenhada. Finalmente, os pequenos mosaicos, quando coloridos, se transformavam numa imagem, que ele considerava digna de tanto trabalho. Ao pensar na paciência de meu pai em dar vida a um quadro, meu coração se volta para o nosso Pai celestial. Ele vê as lacunas e as imperfeições em nossa vida, todavia nos olha pacientemente, e com amor, faz a Sua obra em nós, pois somos a Sua obra-prima. Como obra de Suas mãos "...[nós] predestinou para [sermos] conformes à imagem de seu Filho..." (Rm 8:29). Que alegria é ter um Deus como esse que, faz de nós novas criaturas e nunca se cansa de investir a Sua energia e esforço em nossa vida! Bill - Pão Diário