De quem são meus lábios?

Com frequência, o motivo estabelece a diferença entre o elogio e a bajulação. Um elogio representa uma apreciação verdadeira por uma qualidade ou ação de outra pessoa. O objetivo da bajulação é, habitualmente, tirar proveito próprio ou receber a recompensa ou favor de outra pessoa. Os elogios procuram incentivar; a bajulação tenta manipular. No Salmo 12, David lamentou sua sociedade, na qual as pessoas piedosas e fiéis haviam desaparecido e sido substituídas por outras que falavam com falsidade, “…com lábios bajuladores e coração fingido”. Elas haviam dito: “…Com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos; quem é senhor sobre nós?”. Uma boa pergunta a nos fazermos quando sentimos o desejo de bajular para obtermos o que desejamos é: “A quem pertencem meus lábios?”. Se meus lábios me pertencem, posso falar o que eu quiser. Mas, se o Senhor for o dono dos meus lábios, meu falar deve espelhar as Suas palavras, o que o salmista descreveu como “…palavras puras, prata refinada em cadinho de barro, depurada sete vezes”. Talvez uma boa maneira de demonstrar a quem nossos lábios pertencem seja iniciar o dia com outra oração de David: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu” (Salmo 19:14). David - Pão Diário

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