Pequenas raposas

Quando um piloto não conseguiu colocar seu chá no porta-copos, ele o colocou no console central; porém, quando o avião enfrentou turbulências, a bebida derramou no painel e desligou um motor. O voo foi desviado e pousou em segurança, mas isso aconteceu com a tripulação de outra companhia aérea dois meses depois e o fabricante percebeu que era um problema. O porta-copos do caríssimo avião era pequeno e causava momentos de angústia.
Os detalhes podem destruir os planos mais grandiosos. Na leitura de hoje, alguém incentiva a pessoa que ama a pegar todas as raposinhas “antes que destruam o vinhedo do amor” (2:15), pois vira raposas escalar paredes e cavar em busca de uvas. Eram difíceis de pegar quando corriam para o vinhedo para voltar à noite e não deviam ser ignoradas.
O que ameaça os seus relacionamentos? Talvez não sejam as grandes ofensas. Podem ser as raposinhas: comentários ou deslizes que cavam na raiz do seu amor. As pequenas ofensas se somam e o que antes era intensa amizade cheia de vigor ou um casamento apaixonado pode sofrer perigo de morrer. Que Deus nos ajude a pegar as raposinhas! Vamos pedir e conceder perdão conforme o necessário e nutrir os nossos vinhedos no solo de atos comuns de consideração, enquanto Deus nos provê o que precisamos. Mike Wittmer - Pão Diário

Preparando um lugar para nós

Nós planejávamos ter um cachorrinho e, por essa razão, a minha filha de 11 anos pesquisou por meses e descobriu o que o cão deveria comer e como devíamos apresentá-lo à nossa nova casa, entre vários outros detalhes. Ela me disse que os filhotes reagem melhor quando apresentados a um espaço de cada vez. Então preparamos cuidadosamente um quarto. Tenho certeza de que teremos surpresas ao criarmos o nosso pet, mas a preparação feita por minha filha não poderia ter sido mais completa.
Isso me faz lembrar do desejo de Cristo em compartilhar Sua vida com Seu povo e Sua promessa de preparar um lar para eles. Perto do fim de Seu ministério terreno, Jesus encorajou Seus discípulos a confiar nele, dizendo: “Creiam em Deus; creiam também em mim” (João 14:1). Jesus prometeu preparar lugar para eles e disse: “para que estejam sempre comigo, onde eu estiver” (v.3). Os discípulos logo enfrentariam problemas. Porém Jesus queria que soubessem que Ele estava agindo para levá-los ao lar celestial. Não posso deixar de me deliciar com a preparação cuidadosa e intencional com que minha filha se preparou para o nosso novo pet. Mas só posso imaginar como o nosso Salvador se alegra ainda mais com a Sua própria preparação detalhada para cada um de Seu povo compartilhar a vida eterna com Ele (v.2). Adam Holz - Pão Diário

Grato, mas não obrigado

Na Índia, uma escola cristã para crianças autistas recebeu uma doação de certa empresa. Não havendo amarras, eles aceitaram o dinheiro. No entanto, mais tarde, alguém da corporação pediu para participar do conselho escolar. A diretora devolveu-lhes o dinheiro e se recusou a comprometer os valores da escola, dizendo: “É mais importante fazer o trabalho de Deus à maneira dele”.
Esta é uma das muitas razões para recusar ajuda. Na Bíblia há outra. Quando os judeus exilados retornaram a Jerusalém, o rei Ciro os encarregou de reconstruir o Templo (Esdras 3). Quando seus vizinhos disseram: “Queremos participar da construção, pois também adoramos seu Deus, como vocês” (4:2), os líderes de Israel recusaram. Eles concluíram que, aceitando a oferta de ajuda, a integridade do projeto de reconstrução do Templo seria comprometida e a idolatria entraria em sua comunidade, já que seus vizinhos também adoravam ídolos. Os israelitas tomaram a decisão certa e seus “vizinhos” fizeram tudo o que puderam para desencorajar a construção.
Com a ajuda do Espírito Santo e o conselho dos que creem em Jesus, podemos desenvolver o discernimento e confiadamente dizer não às ofertas amigáveis que podem esconder perigos espirituais sutis porque ao trabalho de Deus feito à Sua maneira nunca faltará a provisão divina. Poh Fang Chia - Pão Diário

Nenhuma fórmula necessária

Quando Jane era jovem, a professora da Escola Dominical a instruiu sobre o evangelismo, o que incluía memorizar versículos e um roteiro para compartilhar as boas-novas. Ela e um amigo tentaram evangelizar outra pessoa, mas Jane não “se lembra se a noite terminou em conversão [mas pensa] que não”. A abordagem parecia ser mais sobre um método do que sobre a pessoa de Jesus.
Hoje, Jane e seu marido ensinam os seus filhos sobre o amor por Deus, compartilhando sua fé de maneira mais convidativa. Entendem a importância de lhes ensinar sobre Deus, a Bíblia e o relacionamento pessoal com Jesus, mas o fazem exemplificando diariamente o amor deles por Deus e pelas Escrituras. Demonstram o que significa ser a “luz do mundo” (Mateus 5:14) e alcançar os outros com atitudes e palavras bondosas. Jane diz: “Não podemos transmitir palavras de vida aos outros se não as possuímos nós mesmos”. Enquanto ela e o marido demonstram a bondade em seu estilo de vida, eles preparam seus filhos para “convidar os outros a crer em Cristo”. Não precisamos de fórmulas para levar os outros a Jesus — importa que o nosso amor por Deus nos motive e brilhe através de nós. À medida que vivemos e compartilhamos o amor de Deus, o Senhor atrai outros para conhecê-lo também. Alyson Kieda - Pão Diário

Justiça e Jesus

O primeiro imperador de Roma, César Augusto (63 a.C.), queria ser reconhecido pela lei e ordem. Ele construiu seu império com trabalho escravo, conquistas militares e subornos, porém, restaurou o processo legal e legou aos seus cidadãos a deusa romana da justiça, Iustitia. César Augusto foi o responsável pelo censo que levou Maria e José a Belém para o nascimento do governante cuja grandeza alcançaria toda Terra (Miqueias 5:2-4).
O imperador César e o restante do mundo não poderiam ter antecipado como um Rei tão maior viveria e morreria para demonstrar a verdadeira justiça. Séculos antes, nos dias de Miqueias, o povo de Deus havia caído em mentiras, violência e obtido tesouros pelo engano” (6:10-12). A nação querida de Deus o tinha perdido de vista. O Senhor desejava que eles praticassem a justiça, amassem a misericórdia e andassem humildemente com Ele (v.8).
Foi preciso um Rei Servo para personificar a justiça pela qual os feridos, esquecidos e indefesos ansiavam. Foi necessário cumprir-se a profecia de Miqueias em Jesus para se estabelecer os relacionamentos entre Deus e as pessoas, e de pessoa a pessoa. Isso não viria na aplicação externa da lei e da ordem de César, mas na liberdade da misericórdia, bondade e espírito de nosso Rei Servo — Jesus. Mart DeHaan - Pão Diário